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Pesca da Tainha 2021

Iniciando oficialmente no dia 1º de maio a pesca da tainha é atividade tradicional em todo o litoral catarinense, Palhoça tem grande participação neste cenário.

A Secretaria de Aquicultura e Pesca, do Ministério de Agricultura, Pecuária e Abastecimento determina as regras que deverão ser observadas pelos pescadores nestes dois meses de safra.

Em 2021, os ranchos de pesca deverão cumprir também as determinações do governo do Estado relativas à Covid-19. Todos os grupos deverão ter dois responsáveis pelo cumprimento dos protocolos sanitários que além de coordenar os profissionais, deverão manter o público afastado. Os protocolos bastante conhecidos deverão ser aplicados, uso de álcool 70 e distanciamento, mesmo à beira mar e entre os pescadores enquanto puxam as redes.

A expectativa é grande neste ano, pois o frio está chegando, e a tainha só aparece quando a temperatura cai, prometendo cercos de grande monta.

Na Baixada do Maciambu a pesca acontece nas praias da Pinheira, Ponta do Papagaio e Praia do Sonho, onde se pode assistir na areia da praia um espetáculo de surpresa entre o nascer e o pôr do sol.

Como funciona este evento

Todo dia ao amanhecer, o vigia se coloca a observar o mar com o objetivo de avistar a aproximação dos cardumes em busca de alimento.

Ao identificar um cardume, o vigia avisa da aproximação a todos por rádio e inicia uma sequencia de sinais em código com uma bandeira. Dependendo do local podem ser necessários até três vigias, sendo até dois para aviso de rádio, mais o de praia que usa a bandeira.

Toda a pescaria é coordenada pelo vigia e sua bandeira, ele acompanha o cardume e vai determinando o que a equipe deve fazer. Com as informações do vigia o grupo coloca ou não o barco na água para sair lançando a rede de arrasto e fechar o cerco. Enquanto isso, um ajudante segura a corda na areia ao mesmo tempo em que os outros se dirigem ao local para ajudar a puxar.

O barco vai além do cardume e volta à praia, completando o cerco ao cardume, então começam a retirar a rede repleta de tainhas.

Assista a este emocionante espetáculo no vídeo abaixo produzido por Flávio Santos Galego durante a safra de 2020 na Praia de Cima da Pinheira.

Programe-se, a safra da tainha dura só dois meses.

Nas praias do Litoral de Palhoça as faixas de areia são largas, assim o distanciamento acontece naturalmente.

Todos os presentes podem curtir este maravilhoso show de maneira segura.

Escolha onde se hospedar, ponha a família e as malas no carro e venha para o litoral de Palhoça, conhecer a pesca da tainha.

Escolha também onde comer tainha nas mais variadas modalidades.

Para comprar tainha pra fazer em casa clique nas imagens abaixo

  • Este artigo foi reeditado após colaboração com informações técnicas gentilmente passadas pelo experiente pescador Chico, da Praia do Sonho.
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Tubarão ou Cação?

Eis a questão!

O tubarão todos conhecem, mesmo que seja só das telas de cinema, e o consideram o mais ameaçador e faminto dos animais.

Mas e o cação? Seria um tubarão anão? Ou o nome do filhote deste espécime voraz, o terror dos oceanos?

Resolvemos sair a campo, ou melhor, às praias do Litoral de Palhoça pra tentar obter respostas de quem é especialista no assunto, os pescadores.

Na Ponta do Papagaio encontramos um velho pescador que ao ouvir nossa pergunta, com um sorriso de canto de boca, de pronto soltou:

– Olha, quando o peixe come a gente, é tubarão. E quando a gente come o peixe, é cação!

Já em uma daquelas pitorescas barraquinhas da Praia de Baixo na Pinheira perguntamos a um pescador mais jovem, enquanto casualmente ele oferecia filé de cação. Ele fez algumas caretas e lascou:

– É o mesmo peixe, eu mesmo já peguei um com mais de duzentos quilos que quase afundou o barco!

A bem da verdade, a ciência nos diz que cação é somente o nome comercial da carne de peixes cartilaginosos, os Condrictes. São eles o tubarão, a raia, e a quimera (peixe-rato).

E para fechar a questão, os dois pescadores estavam corretos em suas afirmações, cação não é um peixe, é o mesmo tubarão, além de outros.